A Mans O Proc Pio Gomes
Em Joinville, Santa Catarina, existe uma mansão que é chamada de Mansão Procópio Gomes. Procópio Gomes foi um dos pioneiros colonizadores da cidade, e sua família é deveras conhecida historicamente pelos moradores de Joinville. Mas a fama da família Gomes não se restringe ao fato de que eles foram uma das primeiras famílias a chegar à cidade e a colonizá-la, muito menos pelo fato de esta família ter sido uma das mais ricas e influentes do sul do Brasil. Sua fama se da de forma absurda pelo fato que passarei a narrar para os atenciosos leitores neste momento. Procópio Gomes mudou-se para Joinville com toda a sua família, que incluía sua esposa, três filhos (dois meninos e uma menina), seu irmão, Alberto Gomes e sua querida mãe, Maria Gomes. A família tinha uma convivência conjugal de certa forma tranquila, não havendo relatos históricos de grandes brigas ou momentos de maiores violências familiares. Apesar de ser uma família aparentemente tranquila, toda a regra tem sua exceção. E a exceção neste caso tinha nome próprio e uma existência macabra: Maria Gomes. Maria Gomes era uma descendente de alemães vindos ao Brasil no final do século XIX, e tinha herdado dos seus pais o ódio aos negros, nesta época ainda escravizados nestas terras. A história registra, e não apenas a história tradicional, mas a lembrança das pessoas mais idosas da cidade que tiveram contato direto com Maria Gomes em seus últimos momentos neste mundo, e que em suas memórias ficaram marcados para sempre. Amigos e conhecidos de Maria Gomes contam que já no final de sua vida, ela nutria um ódio incomensurável pelos seus próprios escravos e escravas, sendo que para ela tinha um acontecimento que era inadmissível entre sua criadagem: o nascimento de um filho ou filha. Todos contam que, quando uma escrava engravidava, Maria Gomes cometia todo tipo de atrocidade para fazer com que elas perdessem seus bebês, mas ainda assim nasciam