a mais bela noiva da vila rica
Vila Rica, Minas Gerais, final do século XVIII – O capitão Baltazar Mayrink, por morte de sua mulher, volta a casar e muda-se para uma fazenda distante. Na cidade de Vila Rica, fica sua filha, ainda adolescente: Maria Dorotéia Joaquina de Seixas. Ela vive na Casa Grande, antiga residência da família, junto com dois irmãos, alguns tios, criados e o fiel escravo Balduíno. Mas a parente mais próxima de Maria Dorotéia é uma tia, divertida e fofoqueira, que mora do outro lado da cidade: a velha Genoveva. Maria Dorotéia tem duas amigas queridas: Maria do Rosário e Maria Emília. Maria do Rosário tem vinte e poucos anos, é romântica e namoradeira. Maria Emília tem quase trinta e “está ficando para tia”. As três são confidentes fiéis e torcem pela felicidade umas das outras. Na cidade vivem intelectuais ilustres como o dr. Cláudio Manoel da Costa e Alvarenga Peixoto. Um dia, chega ao Brasil o português Tomás Antônio Gonzaga, indicado para ocupar o cargo de Ouvidor Geral da comarca de Vila Rica. Sabe-se que ele é um poeta um tanto excêntrico, que se veste de forma extravagante, e que beira os quarenta anos. A tia Genoveva acredita que é o marido perfeito para Maria Dorotéia, mas ela, que só tem 16 anos, acha que ele é velho e prefere imaginá-lo com uma de suas duas amigas. Ao chegar a cidade, Tomás Antônio Gonzaga causa grande sensação, pois aparenta ser bem mais jovem e é um magnifíco orador e poeta. Ainda assim, Maria Dorotéia diz não sentir nada por ele. Isso até começar a receber poemas escritos em sua homenagem, nos quais o poeta assume o pseudônimo Dirceu, chamando-a Marília. Os poemas fazem com que Maria Dorotéia se apaixone e começa o idílio romântico de Dirceu e Marília, para grande satisfação de tia Genoveva, que já quer marcar o casamento.
Paralelamente, Tomás Antônio Gonzaga envolve-se no movimento da Inconfidência. Sua participação é pequena, pois ele não faz mais do que ceder sua casa para reuniões, onde se discute filosofia e