A Luz Fora da Matrix
Alunos: João Pedro Lima
Turma: 4121
Professora: Ana Mary Disciplina: Filosofia
A luz fora da Matrix
“Siga o coelho branco”. Assim como Alice no clássico “Alice no País das Maravilhas”, Neo, no filme “Matrix”, é aconselhado a seguir o coelho branco para haver sua dissociação com o “mundo real” e ir pro “País das Maravilhas”. Porém a realidade para a qual ele vai não é tão maravilhosa assim. Neo vê-se diante de um mundo sombrio e tenebroso, onde os ‘humanos’ são controlados por máquinas. Não têm vontade própria, são apenas “cultivados” pela Matrix, sem saber absolutamente nada sobre isso.
Nesse mundo distópico, Neo descobre toda a verdade que estava por trás de seu mundo real. Os humanos são conectados mentalmente a esse mundo e não têm ideia do que realmente acontece. Nasceram e se criaram nesse lugar, porém só enxergam aquilo que lhes é mostrado, reflexos, que para eles são as coisas reais.
No “Mito da Caverna” de Platão, vê-se uma situação semelhante. Os personagens do mito em questão são homens que nasceram e vivem acorrentados dentro de uma caverna escura, onde só o que conseguem ver são sombras, projetadas do lado de fora da caverna, e pensam que aquilo é a sua realidade. Caso algum daqueles indivíduos fosse retirado de dentro da caverna (Como Neo é retirado por Morpheus e Trinity), seu processo de adaptação com o novo mundo seria bem desconfortável. O indivíduo ficaria quase cego pela luz do Sol, que não era visível de dentro da gruta, e demoraria a se acostumar com todos os elementos que não eram presentes do seu lugar original. O processo de adaptação de Neo fora da Matrix ocorre desta maneira, dolorosamente. Acorda fraco no novo mundo, demora a voltar a andar, não acredita no que Morpheus lhe conta inicialmente, mas, aos poucos, se acostuma com aquele lugar, que, por incrível que pareça, é real.
Após a adaptação fora do mundo das aparências, um terrível desejo de libertação dos outros prisioneiros