A luta pela terra no brasil
-3 A LUTA PELA TERRA NO BRASIL: da estagnação da reforma agrária a institucionalização da Educação do Campo– A NÃO MATERIALIZAÇÃO DA REFORMA AGRÁRIA.
Não podemos discutir o MST sem tratar da luta pela terra, da reforma agrária no Brasil. A luta pela reforma agrária é a questão central do surgimento e do significado da existência do MST, neste processo novas lutas são incorporadas ao longo dos anos, mas todas são expressão das necessidades que a luta impõe. Neste contexto a pauta pela educação ganhou força e características específicas. Por isso a importância neste capítulo a discussão sobre a situação da reforma agrária e da educação do campo na última década. No capitulo I trouxemos de forma resumida o processo de formação econômica desse país, com as reflexões de Stedile (2011) sobre a questão agrária no Brasil, que se iniciou com a exploração colonial dos recursos naturais para exportação, da implantação do modo agroexportador com base na monocultura e no trabalho escravo, e ainda quando foi preciso (necessário á elite do período), foi criada uma Lei de Terras que transformava a terra em mercadoria e ao mesmo tempo impedia que ex-escravos e colonos pobres pudessem ter acesso a esse bem, nesse sentido, o autor chama a Lei de Terras de mãe do latifúndio no Brasil.
3.1 A reforma agrária e a produção econômica no campo brasileiro
A reforma agrária pautada pelo MST se confronta diretamente com aSeguindo a mesma lógica de atender ao capital para a produção no campo, a qual crescente, adotou o processo de modernização na agricultura, provocando um grandeainda mais o êxodo rural, que orientado pela produção para exportação, expulsando milhares de famílias do campo, com a política de exportação, e dointensificando o uso intensivo de veneno, e a concentração de terra e das riquezas produzidas.e recursos financeiros. Ao contrário de outros países capitalista, o Brasil nunca conseguiu implementar uma proposta de