LUTA PELA ANISTIA Em meio uma politica econômica desgastada, a ditadura militar dava inicio a uma farsa chamada abertura democrática. Como queria Geisel, a abertura seria lenta, segura e gradual. Duraram dez anos, com avanços e recuos. “Dessa forma, oficialmente a ditadura não mais assumia o assassinato de seus opositores. Não havia mais repressão politica. Em compensação, o numero de desaparecidos cresceu absurdamente”. (Dossiê..., 1996, p. 27). O governo Geisel promete para 1979 a revogação do AI-5, mas nas condições de salvaguardas, instrumento de defesa do regime em caso de emergências e crises graves. Com este projeto de Abertura é liberada a propaganda eleitoral gratuita pelo radio e TV. O MDB ganha varias eleições a partir de 1974 para governo dos Estados. Para conseguir manter o regime, Geisel decretou o pacote de abril que, dentre outras medidas, criava os senadores biônicos: 1/3 do senado passava a ser escolhido pelo voto indireto, garantindo maioria para o partido do governo. O presidente Geisel consegue fazer seu sucessor, sendo eleito indiretamente João Baptista Figueiredo, o ultimo dos generais-presidentes. Este assume em 15 de março de 1979, mas sem contar com o terror do AI-5, que já estava extinto desde 1 de janeiro deste ano. Os pais passa a ser governado de maneira menos distante da normalidade democrática. O presidente Figueiredo da continuidade ao projeto de Abertura e tenta neutralizar a linha-dura, que tinha ambições de retomar ao poder. A crise econômica cada vez mais se aprofundava, enquanto as reivindicações sociais cresciam. Por pressão da sociedade e entidades como o Movimento Feminino pela anistia e Liberdade Políticas e os Comitês Brasileiros pela Anistia espalhados pelo pais, em 27 de junho, Figueiredo assinou o projeto de Anistia politica, que foi aprovado no dia 28 de agosto do mesmo ano. Ao contrario do que pregava a Lei, a Anistia não foi ampla, nem