A Luta Armada no Brasil
A luta armada se iniciou após o golpe militar de 1964, que derrubou o presidente João Goulart, apelidado de “Jango”. No Brasil, o projeto de guerrilhas era anterior ao golpe de 1964, ou seja, vinha desde o princípio da década de 60, estimulado pela Revolução Cubana. Mas a sua origem se deu a partir de 1963 com o enfraquecimento do governo de João Goulart, causado pelo clima de radicalismo político resultado da crise econômica que se instalava.
Com o desgaste do governo, o grupo golpista (os militares) começou a se fortalecer. A esquerda, por sua vez, se organizou na Frente de Mobilização Popular (FMP), que reunia o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), a UNE, setores das Ligas Camponesas, a FPN, organizações dos sargentos e fuzileiros navais e organizações políticas, como a Ação Popular e o Partido Operário Revolucionário.
A FMP queria que Goulart governasse apenas com o seu apoio e que ele decretasse as reformas de base, contrárias à direita. Goulart aceitou, gerando revolta no cenário político. Enquanto a esquerda queria uma coisa, a direita se opunha ferozmente. O exército, por sua vez, passou a conspirar contra o presidente, que acabou deposto.
O INÍCIO
A esquerda, dentre outros grupos, tentaram se mobilizar contra o golpe, mas sem sucesso. No entanto, as ações contra a ditadura e o objetivo de implantar o regime socialista no Brasil aumentaram grandemente. Antes de 1964, existiam várias organizações de esquerda, como o Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partido Comunista do Brasil (PC do B), a Organização Revolucionária Marxista (POLOP), os nacional-revolucionários (liderados por Leonel Brizola), dentre os já anteriormente citados; são alguns deles. Depois do golpe, entretanto, estas organizações se multiplicaram, dando origem a movimentos como o PCR (Partido Comunista Revolucionário), PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário), POC (Partido Operário Comunista), ALN (Ação Libertadora Nacional), VAR (Vanguarda Armada