A loucura a dois
Lasegue e Falret
Os autores apontam que o alienado resiste a todos os argumentos que negue seu delírio, se caracterizando como contagiosa, pois, oferece perigo para as pessoas que ficam em contado com seu portador. Segundo os autores a alienação ocorre na suposição de um delírio quando diante de uma inteligência correta o que é uma condição freqüente. Lasegue e Falret compreendem a partir de estudos que se pode entender o problema a partir de uma equação, pois, de um lado está o doente ativo, e de outro, o indivíduo que sofre sua influencia de diversas formas e graus variados. De acordo com os autores, sozinho o alienado é fácil de ser examinado, pois ele gosta e deseja anunciar as idéias que o preocupa que o atormenta, ou decide se calar, fato que não deixa de ser significativo. Já com seu cúmplice voluntário e inconsciente não é bem assim que acontece, este por sua vez raciocina bastante e se coloca pronto a fazer sacrifícios provisórios às objeções, na busca por seu ponto de apoio fora das concepções delirantes que não criou e que possivelmente resistiu por muito tempo. Sendo assim existe em meio a esses elementos bastante confusos que dificulta o discernimento sobre qual parte resulta do contágio e qual pertence à natureza mental do confidente. Para que haja essa solidariedade inconsciente se estabeleça é preciso uma convergência de circunstancias da qual não é possível dar-se conta, pois os delírios que se aproximam da verdade têm maior chance de ganhar consentimento quanto mais se aproxima e favorece o desejo humano, sendo que o assistente não consente em deixar-se convencer a menos que a história o interesse pessoalmente e os dois sentimentos que melhor servem a esse tipo de arrebatamento são com certeza segundo os autores o temor e a esperança. Portanto um e outro buscam um ponto de partida nas realidades presentes. Lasègue e Falret afirmam que a conformidade de idéias responde à conformidade de