A longa evolução da química
A química medieval não era estruturada em um curso como temos hoje, mas sim de forma articulada a cada operação de interesse social. Desta forma destacavam-se duas vertentes, de um lado uma alquimia antiquada presa ao mito da transmutação de um elemento inferior em ouro e de outro lado uma alquimia baseada no aprimoramento de processos práticos voltados para a mineração e a metalurgia. Houve ainda uma grande influência árabe na alquimia no que diz respeito a preparação e catalogação de substâncias de valor medicinal, porém como foi dito não se havia uma aclamação que visasse instaurar algum curso que direcionasse um ensino mais amplo de alquimia nas universidades.
Foi somente com a representação da figura de Paracelso que se começou a pensar em uma reforma do ensino universitário, porém ainda com uma influência cristã. As ideias de Paracelso culminavam na busca de uma nova observação, desvencilhando da filosofia e medicina retrograda de Aristóteles. Logo rechaçavam o pensamento antigo e acreditavam numa nova interpretação da natureza segundo seus olhos atentos todavia ainda presos a figura cristã e as suas conjunturas.
Paracelso utilizava a biblia como uma ferramenta de pesquisa e reafirmação de suas teorias, já que o sagrado tinha uma influência marcante em sua obra, visto que paracelso Deus seria o criador de toda obra, era um alquimista divino capaz de realizar todos os feitos . Esses pensamentos impregnaram a Europa com todos os debates consequentes da postura de Paracelso em relação a realidade que ele buscava construir colocando a química a chave de toda a verdade que se aproxima do divino. Toda esta percepção foram assimiladas desde os químicos, médicos-químicos e farmacêuticos por toda a Europa, as provas vivas foram Théodore Turquet que defendia os benefícios farmacêuticos da química.Pouco a pouco a química vem ganhando seu espaço tendo ampla aceitação nas faculdades de medicina europeias. Assim a vertente Paracelsiana