A Literatura Em Meados Do S Culo XIX

A literatura em meados do século XIX
Análise dos poemas “Os sapos” e “Profissão de fé”

Da divulgação dos ideais do Realismo ao início da “Semana de Arte Moderna”, muitos valores da estética Parnasiana que prezava pela valorização de objetos clássicos, como é visto no poema “Profissão de fé” de Olavo Bilac, foram deixados de lado.
Muitos conceitos dessa época sucumbiram-se quando um grupo de artistas combateram aquilo que se pregava no Parnasianismo, ou seja, o culto ao belo e a estética de caráter técnico foi ridicularizada.
O estilo Modernista da chamada “primeira geração” ficou marcada pelas tendências de destruição e construção pela solidificação do movimento moderno e a reconstrução da cultura brasileira.
Quando Mario de Andrade disse: “E vivemos oito anos até perto de 1930, na maior orgia intelectual que o país registra”, fica claro a euforia deste momento, pois foi um período rico em publicações e manifestos.
No poema “Os sapos”, Manoel Bandeira faz uma paródia ao estilo Parnasiano. Ao dizer em seu poema: “A grande arte é como lavor de joalheiro”, faz uma ironia ao poema de Bilac, Profissão de fé, que diz em seus versos “muito o ouvires quando escrevo”, este verso parodiado foi visto como provocador ao estilo parnaso, que dava ênfase ao estrangeiro e não a língua portuguesa. Em um de seus comentários, Manoel Bandeira chega a dizer que os artistas Parnasianos estavam literalmente “enfurnados” ou inflando-se de orgulho do estilo clássico, isto foi absorvido como grande ofensa ao que os parnasos valorizavam: a pureza da forma e a linguagem perfeita desse período.
Fazendo uma análise mais profunda da arte, da cultura brasileira e destes períodos, conclui-se que a literatura é feita de ciclos, toma-se como exemplo Machado de Assis, que transitou por vários estilos. Observa-se que, mesmo indiretamente, um estilo surgiu em detrimento de outro; do Parnasianismo ao Realismo e posteriormente ao Modernismo; de Olavo Bilac com sua perfeição, Raimundo Correia com a