A Lisboa de Fernando Pessoa
Ler a obra de Fernando Pessoa implica obrigatoriamente passear pelas ruas de Lisboa e pela sua história. Este escritor, também apelidado de filósofo e considerado o mais universal poeta português, nasceu e viveu na capital portuguesa, desenvolvendo ao longo da sua vida um amor incondicional por esta cidade, que se manifesta em praticamente qualquer uma das suas obras. As referências são muitas, Pessoa fala dos “magníficos panoramas”, da “irregular e multicolorida massa de casas”, das ruas e das praças, dos comerciantes, dos vadios e dos chefes de família, de “tudo o que passa e nunca passa!”. Lisboa foi sem dúvida vivida intensamente por esta figura que acabou por se tornar numa personalidade imortal, para sempre ligada à cidade, com direito às mais variadas homenagens. O passeio pela Lisboa de Fernando Pessoa começaria pelo Largo de São Carlos, local onde nasceu o poeta a 13 de Junho de 1888, chegando à Basílica dos Mártires, onde se realizou o seu batismo. De seguida uma pausa é exigida na Confeitaria A Brasileira, local bastante frequentado por Pessoa onde se pode admirar uma estátua de bronze em sua homenagem sentada na esplanada do café. Ruas, praças e até uma estação de comboios, há uma variedade de lugares que guardam histórias deste escritor, talvez devido ao facto de este ter vivido em mais de vinte casas diferentes, todas elas no centro da capital. De destacar ainda a Casa-Museu Fernando Pessoa, onde o poeta viveu os seus últimos anos e o Café-Restaurante Martinho da Arcada, onde este escreveu a maior parte dos seus poemas, incluindo os que fazem parte da Mensagem, o seu único livro publicado em vida. No Mosteiro dos Jerónimos, considerado Património da Humanidade, podemos encontrar o