A Liberdade Guiando o Povo
A liberdade guiando o povo
Dlacroix colocou o vermelho sobre uma mancha de céu azul, destacando seu tom vibrante, essas cores também auxiliam o destaque para a mulher que simboliza a liberdade. As cores da bandeira se repetem na roupa do trabalhador aos pés de Liberdade. A bandeira destacada foi utilizada na Revolução Francesa de 1789 e nas guerras de Napoleão, após a derrota de Napoleão em Warteloo a bandeira não foi mais utilizada.
A forma que o autor captou o céu mostra o caos da guerra urbana. Esta técnica do pintor francês combina a expressividade do romantismo com a estrita atenção ao detalhe do realismo, transmitindo emoção e permanecendo fiel ao tempo e lugar históricos.
A liberdade, representada como uma deusa clássica, tem seus traços robustos que são comuns ao povo francês, empunhando uma arma moderna, um mosquete. Os pés de Liberdade se encontram em uma barricada, o que sintetiza um momento muito grande da batalha.
O campo de batalha, foi o centro da revolução de 1830 foi a Ponte d’Arcole, e provavelmente este é o cenário da pintura. Os cadáveres, são membros da guarda de elite do rei.
A presença de um cadáver desnudado, um homem desprovido de sua dignidade, torna a obra complexa e ambígua. Suas roupas furtadas, provavelmente por revoltosos, pois outros personagens no quadro se apresentam com objetos roubados dos cadáveres.
Na obra, existe uma composição clássica, piramidal, em que a liberdade ocupa o vértice da pirâmide. O mosquete que a liberdade empunha cria a linha paralela com a arma segurada pela criança. No restante do quadro, várias linhas diagonais trazem dinamismo à composição.
A maior dramaticidade na cena, é conferida pela técnica que Delacroix dominava, o chiaroscuro. Há nesta técnica, fortes contrastes de luz e sombra. Na paisagem a luz do entardecer se mistura com a fumaça dos canhões, e se dissolvem em um brilho marcante.