Liberdade guiando o povo
A Liberdade Guiando o Povo é uma pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X. Uma mulher representando a Liberdade, guia o povo por cima dos corpos dos derrotados, levando a bandeira tricolor da Revolução francesa em uma mão e brandindo um mosquete com baioneta na outra. A pintura é talvez a obra mais conhecida de Delacroix.
História
No momento em que Delacroix pintou o quadro, ele já era o líder reconhecido na escola era romântica na pintura francesa. Delacroix, que nasceu na Era do Iluminismo, foi dando lugar às ideias e estilo do romantismo, rejeitando a ênfase no desenho preciso que caracterizou a arte académica de seu tempo, e ao invés dar uma nova importância à cor livre.
Delacroix pintou o seu trabalho no Outono de 1830. Numa carta ao seu irmão de 12 de Outubro, ele escreveu: "O meu mau humor está desaparecendo graças ao trabalho árduo. Embarquei num tema moderno - a barricada. Mesmo que não tivesse lutado pelo meu país, pelo menos pinto-a". A pintura foi exibida pela primeira vez no Salão de Maio de 1831.
Simbolismo
Delacroix retratou a Liberdade, tanto como figura alegórica de uma deusa como uma mulher robusta do povo, uma abordagem que os críticos contemporâneos denunciaram como "ignóbil". O monte de cadáveres actua como uma espécie de pedestal de onde a Liberdade passa, descalça e com os seios nus, de lona e no espaço do espectador. O barrete que ela usa simbolizou a liberdade durante a primeira Revolução Francesa, de 1789-1794. A pintura tem sido vista como um marco para o fim da Era do Iluminismo, assim como muitos estudiosos vêem o fim da Revolução Francesa como o início da era romântica.
Os lutadores são uma mistura de classes sociais, que vão desde as classes mais altas, representadas pelo jovem com uma cartola, para a classe média ou a revolucionária burguesia, como exemplificado pelo menino segurando as pistolas (que pode ter sido a inspiração para o