a liberdade em aristóteles
Aristóteles constrói a primeira grande teoria filosófica sobre a liberdade na obra Ética a Nicômaco.
Nela, o filósofo elabora uma concepção de liberdade que integra o que é condicionado externamente (necessidade) ao que acontece sem escolha deliberada (contingência).
Para Aristóteles, é livre aquele que tem em si mesmo o princípio para agir ou não agir, isto é, aquele que é causa interna de sua ação ou da decisão de não agir. A liberdade é, pois, concebida como o poder pleno e incondicional da vontade para determinar a si mesma ou para ser autodeterminada.
"Nas coisas de fato, nas quais o agir depende de nós; e onde estamos em condições de dizer não, podemos também dizer sim. De forma que se cumprir uma boa ação depende de nós, dependerá também de nós não cumprir uma ação má" (Ética a Nicômaco, III).
A liberdade é pensada, também, como ausência de constrangimentos externos e internos. Isto é, como uma capacidade que não supera obstáculos para se realizar. Trata-se da espontaneidade possível do agente, que dá a si mesmo os motivos e os fins de sua ação, enfrentando constrangimentos possíveis de serem superados.
Assim, na concepção aristotélica, a liberdade é o princípio para escolher entre alternativas possíveis, realizando-se como decisão e ato voluntário.
Contrariamente ao necessário ou à necessidade, sob a qual o agente sofre a ação de uma causa externa que o obriga a agir sempre de uma determinada maneira, no ato voluntário livre o agente é causa de si, isto é, causa integral de sua ação. A vontade livre é determinada pela razão ou pela inteligência.
A liberdade será ética quando o exercício da vontade estiver em harmonia com a direção apontada pela razão, tendo como critério racional o Justo Valor. http://www2.anhembi.br/html/ead01/filosofia/lu12/lo2/index.htm - acesso em 03/11/2014 as