A Invisibilidade Humana
A Invisibilidade Humana acontece regularmente com várias pessoas no mundo todo. Em todos os casos a pessoa está fisicamente presente, mas não pode ser vista ou ouvida. O mundo continua perfeitamente normal aos olhos da pessoa invisível que normalmente não percebe quando está invisível, quando o processo se manifesta.
A invisibilidade afeta cada vez mais pessoas de baixa renda, com pouco grau de escolaridade. Isso se dá devido ao fato de se tratar de profissionais que, de certa forma, são considerados de “pouca significância”. Grande engano. Os trabalhadores que sofrem tal tipo de preconceito prestam, em sua maioria, serviços importantes para a sociedade. Nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, os imigrantes têm papel importante; sem eles e sua mão de obra barata, a economia fica prejudicada. Afinal são eles os responsáveis pelos serviços de base. Porém, não tem valorização alguma.
Os personagens invisíveis, curiosamente são aqueles mais “visíveis”, por estarem presentes, na maioria das vezes, em serviços externos e de significativa aparição pública. Eles estão ali trabalhando ou apenas vivendo, e não importa sua ocupação, as pessoas passam por eles e não os enxergam. Estes indivíduos invisíveis trabalham como vendedores ambulantes, porteiros, motoristas de ônibus, trocadores, controladores de vôo, aeromoças, bilheteiros, faxineiras, e outros.
Segundo o psicólogo Fernando Braga da Costa, essa cegueira que atinge a humanidade pode ser encarada como um fenômeno político, mas também como um fenômeno psicológico. É um fenômeno político porque está relacionado, na maioria das vezes, com a desigualdade entre as classes sociais decorrente de um passado histórico. As pessoas vêem, mas não enxergam. Grande parte da população brasileira acredita que o “não enxergar” não é uma forma de preconceito, mas uma consequência do dia-a-dia corrido, da falta de comunicação, e até mesmo, do medo da violência.
Para sanar o problema, seria preciso um