A INSERÇÃO DO PSICÓLOGO NO CAMPO DA SAÚDE PÚBLICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Paulina Cecilia Mantovani1
Resumo: Esse artigo foi construído através dos estudos na Especialização em Gestão e
Organização Pública em Saúde, com o objetivo investigar a inserção do psicólogo no campo da Saúde Pública. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de artigos científicos publicados on line, no período de 2005-2011. A análise foi realizada baseada em Minayo (2010) e apontou como resultado as seguintes categorias: a trajetória histórica da inserção e atuação da psicologia na saúde pública (serviços e programas de saúde), as linhas teóricas que embasam as intervenções dos psicólogos neste contexto, por fim a questão da formação em psicologia e os currículos para a atuação de psicólogos na Saúde Pública. O estudo revela a importância de um novo olhar para a Psicologia no campo da Saúde Pública, de modo que o campo da
Psicologia, assim como da Saúde Pública estão em constante transformação.
Palavras-chave: Saúde Pública. Atuação. Psicologia
O campo da saúde é alvo de discussões na contemporaneidade nos diferentes campos e saberes. Por isso, o movimento sanitarista merece destaque, pois engloba um conjunto de atores sociais que se organizam para lutar em prol de um “novo projeto”, constituindo um dos precursores no delineamento do novo sistema de saúde, baseado em concepções e ações de saúde mais humanizadas (CAMARGO-BORGES; CARDOSO, 2005).
Para Fleury (1997) o movimento sanitarista provoca mudanças em três esferas da saúde, as teóricas (construção do saber), as ideológicas (a transformação da consciência) e as políticas (modificações nas relações sociais). O novo paradigma considera a saúde e a doença como processos de interação do homem numa dimensão histórica, pois se desenvolvem em espaços de processos sociais e psicológicos. Por muito tempo a saúde teve um enfoque biomédico e reducionista. É recente a transposição do entendimento de saúde como fenômeno
do