A influência do método catártico dentro de uma sala de neuróticos anônimos
Introdução
Ao se pensar em como funciona uma sala de grupo de apoio, uma das primeiras coisas que se vem à cabeça é a imagem de alguém liderando e buscando promover o bem-estar e adaptação social, o Psicólogo. Não seria errado ter essa ideia, afinal, não é o profissional de Psicologia que ajuda o próximo a se sentir melhor com ele mesmo e com os outros? Que não dá uma solução imediata, mas trilha um caminho junto com o paciente? Sim. Porém, a maioria das salas de grupos de apoio, não possuem essa figura como coordenador, e muitas vezes, nem como referência. E é sobre isso que discutiremos mais a seguir.
(Desenvolvimento)
Para Aristóteles, catarsis significa “limpeza da alma”, sendo o objetivo da catarse, a purificação de emoções como medo e piedade.
Catarse é o método que visa eliminar perturbações psíquicas, tensões, excitações nervosas, angustia, baseando-se no relato de cenas ou fatos ligados a essas perturbações.
Breuer foi o precursor do tratamento pela catarse, onde ao hipnotizar o paciente, o fazia retornar aos pontos de sua vida que geravam os sintomas e revive-los, para a partir disso, ocorrer uma descarga emotiva que ele acreditava que fariam esses sintomas “desaparecerem”.
Freud, mais tarde, fez alterações na técnica do método catártico, eliminando a hipnose. Buscava a cura tornando conscientes as memórias traumáticas reprimidas, com a ab-reação dos afetos a elas relacionados. Em seus estudos com histéricos, ele notou que eles se recordavam e se prendiam emocionalmente a acontecimentos dolorosos. Essa fixação da vida psíquica aos traumas é um dos pontos mais importantes da neurose
Onde esse conceito se encaixa dentro de uma sala de neuróticos anônimos?
Como os membros dos grupos são ajudados?
O que os faz voltar as reuniões toda semana?
Em primeiro lugar, a definição de neurose pelo dicionário de Psicanálise: “Termo proposto em 1769 pelo médico escocês