A influência da motivação
Roger Brown1 inicia uma interessante declaração a respeito: "Nem o conceito de atitude nem o de motivo foram inventados pelos psicólogos. Identicamente aos casos dos conceitos de habilidade, característica e valor, etc, atitude e motivo pertencem a um conjunto de categorias utilizadas pelos leigos ao construir o conceito geral da personalidade... A psicologia começou, como todo estudo de formalização recente, com o que a ciência do sentido comum expressa a respeito de sua matéria central."
Tal como sugere esta afirmação, um grande número de noções e conceitos se acham relacionados com a "motivação"; entretanto, as diferenças entre eles são mínimas e, inclusive, algumas vezes confundem-se entre si. Para evitar estes problemas é preferível iniciar determinando um conceito central de "motivação" e os seus elementos componentes mais importantes.
A definição de "motivo" encontrada em dicionários indica ser ele "algo que impulsiona uma pessoa a atuar de uma certa maneira". Logo, o estudo da "motivação" compreende essencialmente o estudo "da direção e persistência da ação".2 Entretanto, outra idéia sobre a "motivação" é aquela que a relaciona "com a conduta em termos dos objetivos por ela perseguidos".3
Como se pode entender melhor as propriedades da motivação? Talvez seja possível identificar alguns de seus elementos mais importantes através de uma analogia. Consideremos uma situação simplificada ao extremo e imaginemos um homem correndo atrás de um chapéu levado pelo vento. Este homem está claramente motivado a recuperar o chapéu. Quais são, então, os elementos que influenciam sua conduta? Eles podem ser indicados como:
Motivo. Guilford4 expressa o conceito afirmando que os motivos são condições temporárias derivadas da fixação de objetivos específicos. Este autor considera que o