A influencia do atualismo na geologia
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O Atualismo permite interpretar os processos antigos à luz dos acontecimentos atuais, no entanto, é preciso reconhecer que alguns fenômenos catastróficos poderão ter tido influência na transformação da Terra. O pesquisador James Hutton disse certa vez uma frase que entrou para a história: “O presente é a chave do passado”. Afirmação nasceu das primeiras observações realizadas por Hutton durante caminhadas pela beira do mar de sua terra natal, a Escócia, quando percebeu que muitos elementos que encontrava na praia eram semelhantes ao que via nas rochas sedimentares. Ele começava a lançar as bases da teoria do Atualismo ou Uniformitarismo, corrente de pensamento que defende que a crosta terrestre teria se formado por processos ocorridos ao longo do tempo geológico, e não por cataclismos eventuais. Hutton começou a estudar mineralogia e geologia. Observava com atenção a superfície da Terra: fosse poço, rochas, canal ou leito de rio. Os naturalistas de sua época defendiam que a superfície da Terra era composta de longas camadas paralelas e que os sedimentos depositados pela água eram comprimidos para formar as pedras. Hutton percebeu que esses sedimentos foram sendo depositados muito lentamente e que mesmo as rochas mais antigas eram feitas desses depósitos. O processo inverso ocorria também quando as rochas entravam em contato com a atmosfera, que provocava o processo de erosão e o desgaste delas. Hutton imaginava a formação do universo de forma bem diversa do que dizia a “Bíblia”. Ele defendia que a Terra havia sido formada através de um ciclo contínuo no qual rochas e solo foram lavados pelo mar, compactados, forçados a se elevar da superfície por processos vulcânicos e a se transformar em sedimentos novamente. Ele dizia: “não há nenhum vestígio do começo da Terra e nenhuma perspectiva de um fim.” Segundo Hutton, as evidências encontradas num penhasco perto de Siccar Point, na costa leste da Escócia, onde se observava a justaposição de camadas