A infancia como construao social

A infância como construção social. Manuel Pinto

Manuel Pinto, no texto, nos conduz à reflexão, sobre a suposta naturalidade atribuída à infância, defendendo a “dimensão de construção social” como característica dessa etapa de vida. No primeiro capitulo ele que começa por fazer um resgate histórico a respeito da infância com base na pesquisa do autor Ariès, ressaltando “a criança e a vida familiar no antigo regime”. O autor nos lembra que a inexistência, em séculos passados, do que Ariès cunhou como sentimento de infância, não significa que os adultos desprezavam ou negligenciavam as crianças, pois embora pudesse não haver a noção moderna de infância, a existência da afeição do adulto pela criança não pode ser desconsiderada.
Outro aspecto trazido por Pinto seria na perspectiva de Mause onde nos fala da negligencia que por muito tempo tivemos com nossas crianças, “Quanto mais recuarmos nessa história, mais probabilidade teremos, segundo ele, de nos confrontarmos com a morte, o abandono, a violência, o terror e o abuso sexual sobre as crianças”(pág. 38) No decorrer do texto o autor traz também o debate a respeito da psicanalise onde está área introduz um quadro onde enriquece a vida da criança. ressalta Manuel Pinto, as atitudes relativamente à infância foram lentamente evoluindo, na esteira das “novas condições de vida” e das “novas mentalidades que se vão difundindo a partir do Renascimento”.
A respeito da evolução das ideias sobre a infância o autor relata como a construção social foi lenta. Nesse sentido, Pinto reitera a importância das idéias de Locke e Rousseau que, embora distantes um do outro quanto ao sentido da influência do adulto no processo de formação da criança aproximam-se justamente pelo “reconhecimento do caráter decisivo da atenção e da intervenção dos adultos” nesse processo. Igualmente importante para a compreensão da infância, o filósofo norte-americano George Mead, estudando “os processos pelos quais se desenvolve na criança o sentido