A indústria naval no Brasil no período do século XIX
A indústria de construção naval no Brasil é muito antiga, desde os tempos remotos coloniais.
Ela surgiu especialmente na cidade do Rio de Janeiro e Baía da Guanabara e o estaleiro da
Ponta de Areia em Niterói é seu marco inicial.
Graças aos acontecimentos mundiais no século XIX é que ela começou a ter mudanças. Devido
a fuga da família real de Portugal para o Brasil e com a abertura dos portos as Nações Amigas,
o país, em relação a urbanização, ela se desenvolveu consideravelmente. Principalmente a
cidade do Rio de Janeiro, onde estava o príncipe, obteve melhorias importantes.
Logo no início da presença portuguesa no Brasil foram construídos estaleiros tanto para
reparação de embarcações como para projeto e construções. Contribuíram decisivamente
para isso a posição geográfica e estratégica da colônia em relação à rota da Índia, além da
grande disponibilidade de madeira de boa qualidade. Nessa mesma década, estava sendo
criados, pelos ingleses, os motores a vapor. Um grande avanço para as áreas industriais!
Quando D. João VI retornou para Portugal, e deixou no Brasil o filho D. Pedro para ficar
em seu lugar, o processo de independência foi crucial para desenvolver a Marinha do
Brasil independente, comandada por Thomas Cochrane. Com a independência em 1822, a
construção de navios para a Marinha tornou-se a atividade determinante para a indústria da
construção naval.
A introdução da propulsão a vapor, no Brasil, é recebida com reservas pela marinha de guerra
e pela marinha mercante, em função do grande volume da maquinaria, que ocupa muito
espaço nos navios, diminuindo o poder de fogo nas embarcações da armada. Durante muito
tempo os navios mantiveram mastros e velas, em função não apenas da precariedade dos
aparelhos, mas também para economizar o combustível.
Se no período imperial a construção naval prospera, com a república