Industria naval
Conceito / Definição
A indústria naval caracteriza-se pela fabricação de um bem de capital de alto valor unitário, produzido sob encomenda. Como fornecedor da base de transporte para a hegemonia econômica e militar dos países, o setor não se norteia exclusivamente por forças de mercado.
Historicamente, e em todos os países, o Estado tem presença significativa na construção naval por meio de instrumentos de incentivo e regulação abrangentes: subsídios reserva de mercado, benefícios fiscais e proteção à cabotagem, entre outros. As razões para isso estão associadas a segurança nacional, falhas de mercado e aos efeitos gerados pela indústria naval nos demais segmentos econômicos.
Por ser demorada, a fabricação de navios não é atividade que reage a oscilações de mercado de curto prazo. O comércio internacional só apresenta impacto na atividade em casos de grandes crises, como a do petróleo. Além de preço, qualidade e prazo de entrega, fator decisivo para o sucesso internacional no setor é a oferta de financiamento à produção e à exportação.
Nesta indústria prevalecem grandes barreiras à entrada de novos concorrentes, na forma de elevadas exigências de capital inicial e necessidade de uma rede de agentes para captação de cargas e clientes. Ter atuação global é quase obrigatório.
O mercado de transporte de carga por via marítima é composto de dois segmentos: granéis (predominante, com 74% do total transportado) e carga geral (que responde por 2/3 do valor movimentado globalmente).
As trocas internacionais de comércio feitas através dos oceanos representam 80% das transações realizadas em todo o mundo, o que equivale a US$ 4,8 trilhões em mercadorias negociadas. Os fretes representam cerca de
10% do valor dos bens transportados, ou seja, US$ 480 bilhões.
Por países de domicílio, Grécia, Japão, Noruega, Estados Unidos, China,
Hong Kong, Alemanha, Reino Unido, Singapura e Dinamarca tinham, em 2001, as maiores frotas mercantes do mundo. O setor é