A indústria cultural
O surgimento da indústria cultural guarda forte relação com a multiplicação dos jornais na Europa, que popularizou a leitura e, consequentemente, este meio de comunicação.
Vale salientar, que nesta época, a leitura era privilégio do clero e de parte da nobreza, fato que começou a ser modificado ao longo da implantação do capitalismo, tendo em vista suas características a saber: crescente urbanização, industrialização e, principalmente, a criação e a ampliação do mercado consumidor.
O termo indústria cultural foi criado pelos filósofos e sociólogos alemães Theodor
Adorno eMax Horkheimer com o objetivo de mostrar a situação da arte na sociedade capitalista industrial.Este termo remete à ideia de fabrica na qual há uma produção em larga escala voltada a atingir um mercado consumidor. No século XVIII,este mercado consumidor era formado pela burguesia comercial, industrial e pela crescente classe média da época.
Segundo Adorno e Horkheimer, esta indústria possui padrões que se repetem, mantendo a intenção de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo.
Segundo estes autores, esta indústria pretendia integrar os consumidores das mercadorias culturais, fato que poderia gerar prejuízo às culturas erudita e popular.
Para um melhor entendimento sobre o assunto, é conveniente definir o significado destas duas modalidades de cultura.
Tem-se por cultura popular “qualquer manifestação: dança, música, festas, literatura, folclores, arte, etc.,em que o povo produz e participa de forma ativa”.(2001)
Ao passo que cultura erudita é aquela “proveniente de estudos, produzida através de pesquisas, análises teóricas, experimentação. “É a principal responsável pela evolução intelectual da sociedade, já que está diretamente ligada a produção de conhecimento”. (2001)
Por sua vez, o avanço tecnológico propiciou o surgimento e ampliação dos meios de comunicação de massa, tais como: jornais, revistas, rádio, televisão e agora, a