A Indústria Cultural e os Olimpianos
A Indústria Cultural, termo surgindo primeiramente na Escola de Frankfurt, por
Theodor Adorno e Max Horkheimer, seria uma representação da futura sociedade capitalista. Nesta representação, as manifestações culturais seriam transformadas em produto, tendo como foco a produção do mesmo em larga escala, sem a preocupação e pensamento artístico, e sim mercantil.
Com o mundo contemporâneo, a concepção primária de Adorno e Horkheimer, aonde tudo viraria negócio e o homem não passaria de mão de obra e consumo, está sendo ultrapassada. Atualmente, com a mobilidade dos novos meios de comunicação e as técnicas de manipulação, já podemos perceber um cenário maior se formando através de um conjunto de empresas, instituições e redes de mídia, que produzem, distribuem e transmitem o dito conteúdo artístico cultural, com o objetivo central de adquirir e gerar lucros. Temos a mudança do foco empresarial e cultural voltada para a produção, não mais para o produto. Produção essa pensada para a massa consumir, independente da qualidade positiva ou negativa do “produto” que está sendo exposto. Assim, não só o objetivo central da indústria cultural seria atingido, como a mesma seria capaz de transforma os indivíduos em seu objeto, moldando pensamentos, criando fenômenos de vendas, divindades e tendências, com a intenção única de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo.
Um forte exemplo desta indústria cultural é a televisão. O veículo de comunicação apresenta conteúdos sensacionalistas e que escapam do consciente do expectador, fazendo com que o indivíduo entre em estado de alienação, prevenindo a formulação do pensamento. Fortemente ligados a este veículo e ao cenário da indústria cultural, temos os chamados
Olimpianos. De acordo com Edgar Morin, os olimpianos são aqueles que propõem um modelo ideal de vida. Elevados à divindade, eles vivem de acordo com a ética da felicidade, dos prazeres,