A industrialização substitutiva de importações
“A Industrialização Substitutiva de Importações”
Ouro Preto, Junho de 2011
INTRODUÇÃO
Considerando-se o crescimento do produto, a melhoria das condições médias de vida e a alteração da estrutura produtiva no sentido de se fornecer bens mais completos e com maior produtividade dos fatores de produção, podemos perceber que o Brasil se constituiu num dos exemplos mais bem-sucedidos de desenvolvimento econômico no período do pós-guerra, pelo menos até a década de 80.
O país apresentou taxas médias de crescimento em torno de 7% a.a., com ampla transformação na base produtiva e nas condições de vida da população, a partir da passagem de uma economia agrário-exportadora para uma economia industrial, com o conseqüente aumento da urbanização. Estas transformações necessitaram de alterações no quadro institucional e nas formas de organização social.
Um dos instrumentos para se chegar a essas transformações foi o Processo de Substituição de Importações - PSI, que consistia em iniciar a industrialização no país buscando produzir internamento os bens que eram importados. Este plano seguia o ideal de alcançar o desenvolvimento com base na industrialização. Para tanto, criava-se um estrangulamento externo onde o valor das exportações era diminuído apesar de manter a demanda interna criando assim uma escassez de divisas. Para contornar este problema reduz-se a taxa de câmbio, encarecendo os produtos importados e dando competitividade ao produto interno. Este movimento cria investimentos internos para produzir os produtos antes importados, o que gera renda e conseqüente demanda.
Exporemos ainda neste trabalho os impactos e a introdução do Plano de Metas no governo de Juscelino Kubitschek.
A DÉCADA DE 30 E O DESLOCAMENTO DO CENTRO DINÂMICO
A crise iniciada nos Estados Unidos, chegou ao Brasil por meio de uma rápida queda na demanda por café, acompanhada de forte queda nos preços do café. Isso configurou uma grave crise no