A Industrialização no Século XIX
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Indústria brasileira no século XIX
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Por Fernando Rebouças
A vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil e a conseqüente abertura do portos da colônia, abarrotou o Brasil de produtos manufaturados vindos da Inglaterra; a qualidade e o baixo preço dos produtos ingleses não incentiva a formação de uma indústria no Brasil. A importação dos produtos ingleses era beneficiada pelo tratado de 1810, assinado por Portugal e Inglaterra.
Segundo Caio Prado Júnior, a insuficiência de fontes de energia, falta de transportes e comunicação, falta de capital e siderurgia própria eram entraves que não permitiram a industrialização no Brasil Colônia, além das restrições políticas do Pacto Colonial. Depois da independência, o Brasil se viu possuidor de numerosa mão-de-obra ainda escrava e abundante em matérias-primas.
Após a extinção do tráfico negreiro, o capital antes empregado na compra de escravos passou gradativamente para investimentos numa indústria nacional. Quando estudamos o processo de industrialização no país durante o século XIX, apesar das crises econômicas e da Guerra Brasil-Paraguai, destaca-se a figura de Irineu Evangelista de Sousa, o Visconde de Mauá.
Visconde de Mauá foi responsável em grande parte pelas iniciativas desenvolvidas nas indústria, comércio, transportes, finanças e obras públicas. Mauá foi vítima de incompreensão política por parte de setores do governo imperial e sabotagens. Dentre suas iniciativas :
* Criação do estaleiro na Ponta da Areia, Rio de Janeiro;
* Fundação da Companhia de Rebocadores para o Rio Grande do Sul;
* Construção da primeira estrada de ferro do Brasil, ligando o litoral fluminense até a Serra de Petrópolis, cuja locomotiva era “A Baronesa”;
* Instalação do primeiro telégrafo entre Brasil e Europa, inaugurado em 3 de junho de 1874.
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