A industrializaçao
Desde o período colonial até os dias de hoje, o desenvolvimento econômico brasileiro, e consequentemente a industrialização, foi comandado por grupos e setores da economia que às vezes têm interesses antagônicos e lutam para atingir melhor desempenho, pressionando os governos para que a política econômica atenda seus interesses.
AS ORIGENS DA INDUSTRIALIZAÇÃO Embora a industrialização brasileira tenha começado de forma incipiente na segunda metade do século XIX, período em que se destacaram importantes empreendedores, como o Barão de Mauá, no eixo São Paulo - Rio de Janeiro e Delmiro Gouveia, em Pernambuco, foram principalmente a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que o país passou por um processo significativo de desenvolvimento industrial e de maior diversificação do parque fabril.
Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá - um dos pioneiros na industrialização do Brasil. Nessa época, as atividades terciárias da economia (como serviços, comércio, energia, transporte e sistema bancário) apontavam índices de crescimento econômico superiores aos das atividades agrícolas e industriais. É no comércio e nos serviços que circula toda a produção agrária e industrial. A agricultura cafeeira - principal atividade econômica nacional até então - exigia a implantação de uma eficiente rede de transportes, e assim, as ferrovias foram se desenvolvendo no país para escoar a produção do interior para os portos. Também se estabeleceu um sistema bancário integrado à economia mundial.
Em 1919, as fábricas de tecidos, roupas, alimentos, bebidas e fumos eram responsáveis por 70% da produção industrial brasileira; em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, essa porcentagem havia se reduzido para 58% por causa do aumento da participação de outros produtos, como aço, máquinas e material elétrico. Contudo, a industrialização brasileira ainda contava, predominantemente, com indústrias de bens de consumo não duráveis e