a industrializaçao
Período:
Ano/Sem.:
2014/02
Valor: Disciplina:
Turno:
Noturno
Nota:
Professor:
Data: ___/___/____
Nome do Aluno:
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
As questões de 1 a 6 relacionam-se com o texto abaixo. Leia atentamente todo texto antes de resolvê-las.
A industrialização, a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa revelaram como se vive, se morre e se gesta o futuro num tempo em que a tônica é “ganhar tempo”. E foi certamente tudo isso que levou o arquiteto Le Corbusier a descobrir, no início dos anos 20, que a casa, a velhíssima habitação do homem, perdera o sentido, precisava ser substituída pela “máquina de morar”.
Com efeito, a casa deixou de ser um lar, um foco que irradia energia, uma fonte de luz e calor, deixou de ser habitada por Lares, os deuses domésticos. Secularizada, aparentemente tornou-se instrumento, ferramenta à disposição do homem moderno. Ocorre que a adoção do modelo mecânico implica consequências que ultrapassam a questão do uso e da função. Pois a máquina é muito mais que uma ferramenta, um instrumento; estes são um prolongamento do corpo humano, enquanto aquela o substitui, ocupa o seu lugar, instaurando uma nova relação. Nesse sentido, uma casa-ferramenta pode ou não ser usada, pode ou não funcionar; mas uma casa-veículo curto-circuita a própria casa. Deslocada, posto que em movimento, a casa perdeu as suas fundações e começou a desabar, como bem viu o expressionismo alemão. Desabar até tornar-se apenas a imagem nostálgica de algo que ficou irremediavelmente para trás e que o motorista pinta na rabeira do caminhão. Os interiores foram sendo esvaziados progressivamente e parte do que se fazia em casa começou a ser feiro fora; o homem moderno começou a almoçar “na cidade” ou na cantina da fábrica, a mandar a roupa para o tintureiro, a divertir-se no cinema e nos bares, a transar “por fora”, na garçonnière, antes da criação do motel; a leitura e o tricô passaram a ser feitos no ônibus, no