A inclusão escolar e a nossa realidade educacional
A inclusão cresceu com o aumento de crianças com inadequações freqüentando escolas formais. Pais e educadores, atentos essa questão, preocuparam-se em encontrar condições apropriadas para o desenvolvimento de suas crianças.
A escola de ensino tradicional passou a desempenhar um papel dificil frente à diversidade, pois ao mesmo tempo em que acolheu os alunos com dificuldades, não ofereceu as condições necessárias para a educação desses aluno. As ações tornaram-se excludentes.
O sistema de ensino atual tem um currículo de conteúdos programáticos rígidos, de acordo com o desenvolvimento cognitivo e faixas etárias. Para os alunos diferenciados (não estamos falando em deficiências) a escola não oferece abertura para uma programação específica. Existe grande possibilidade de o aluno, que entra no sistema escolar formal e estruturado sem estar preparado, não se sentir à vontade, seguro, nem protegido; e sofre discriminações na maioria das vezes.
Valores que contemplam a solidariedade, direitos iguais e atitudes politicamente corretas não são suficientes para a implantação da inclusão. Inclusão pressupõe integração.
A integração na escola só acontece quando cuidamos de pensar em um projeto educacional para cada candidato à inclusão, desde a avaliação das competências até uma reestruturação do projeto da escola, pensando na adequação psicopedagógica às necessidades do seu público alvo.
O sujeito para o qual pensamos a inclusão é aquele que possui dificuldade de interação; é aquele que sente ameaçador estar dentro do grupo. Ele tem dificuldade de articular o “eu” e o “outro”, está sem autonomia de aprendizagem, apresenta uma discrepância entre o corpo desenvolvido do organismo, do pensamento e da emoção.
A pessoa que sofre exclusão não consegue lidar com o escondido, possui uma auto - imagem desarticulada e a auto-estima rebaixada, acaba por desorganizar a estrutura externa por estar desestruturado internamente.