A importância do exercício físico nos anos maduros da sexualidade
RAQUEL ALMEIDA VAZ NUNO NODIN Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa
Introdução
Dado o problema de envelhecimento demográfico que se tem verificado, desde meio do séc. XX a esta parte, nos países industrializados (Nazareth,1988). Incluindo Portugal que também tem experienciado grandes alterações na estrutura populacional, prevendo-se, segundo Natário (1991, cit. por Fernandes, 2000), que no ano de 2025 a proporção de pessoas com 65 ou mais anos seja de 17,8% em relação ao total da população. Este fenómeno deve-se a um declínio da fecundidade, outro factor são os avanços da medicina que permitiram o alargamento de vida nas últimas décadas (Santos & Trindade, 1997). Este panorama demográfico faz com que as questões que dizem respeito a esta faixa etária assumam uma pertinência cada vez maior. O seu bem-estar físico, psicológico e a sua qualidade de vida. No idoso, a tendência habitual para a inactividade é um factor psicossocial, correspondendo a um certo alheamento relativamente à vida comunitária que contribui para vários tipos de doenças. Segundo Parreño (1984), o exercício físico contribui para que haja um equilíbrio psíquico e afectivo do idoso.
Assim efectuou-se este estudo com o objectivo de perceber a relação entre a sexualidade de um idoso que pratica exercício físico da do idoso que não o pratica. Os autores desenharam assim um estudo observacional-descritivo de comparação entre estes 2 grupos. Foi assim colocada a hipótese direccional de investigação (ou H1- se os resultados se confirmavam diferentes entre os grupos) que foi testada com um questionário traduzido e adaptado por Santos (1993) para a população portuguesa intitulado “Questionário sobre a sexualidade depois dos 60 anos”. Foi aplicado a uma amostra extraída