A importância da química no curso de farmácia
A química farmacêutica é uma parte da química medicinal, que comporta a invenção, descoberta, o planejamento, identificação e preparação de substâncias biologicamente ativas, a interpretação de seu modo de ação a nível molecular, estudo de seu metabolismo, o estabelecimento das relações estrutura-atividade, interpretação do mecanismo de ação a nível molecular e a construção das relações entre a estrutura química e a atividade farmacológica.
A química farmacêutica tem como objetivo o estudo dos fármacos do ponto de vista químico, bem como os princípios básicos utilizados no seu design e desenvolvimento. Um projeto de química farmacêutica compreende as etapas de descoberta, otimização e desenvolvimento do protótipo.
Entende-se por descoberta a etapa destinada à eleição do alvo terapêutico, útil para o tratamento de uma determinada fisiopatologia, a aplicação de estratégias de planejamento molecular para desenho de ligantes do alvo selecionado – utilizando as estratégias de modificação molecular clássicas da química medicinal, tais como bioisosterismo, homologação, simplificação e hibridação molecular. Compreende, ainda, realizar a determinação das atividades farmacológicas do ligante, que uma vez ativo in vivo, preferencialmente por via oral, passa a ser denominado protótipo.
O processo da descoberta de fármacos, nas indústrias farmacêuticas, sofreu profunda reestruturação e mudança de paradigmas, quando comparamos o modelo empregado na década de 50 até o final da década de 80 em relação ao modelo vigente. Ao longo das últimas décadas, o processo da descoberta de fármacos, segundo o paradigma industrial, presenciou e beneficiou-se do advento de várias novas tecnologias, acompanhadas da premissa de que sua introdução levaria à obtenção de um número maior de fármacos, com redução de custos.
Análise da produtividade das multinacionais farmacêuticas, aferida por sua capacidade inovadora, revela uma tendência ao maior