A importância da contabilidade para a tomada de decisão
Em primeiro plano, a pintura a óleo, de 105 metros quadrados, perfila caboclos, índios, mulatos e personagens mitológicos greco-romanos – em destaque, Urânia e Clio. O “homem comum” da região é retratado como o ribeirinho de peito nu e o citadino de chapéu e vestes surradas. Todos dirigem seus movimentos e olhares para Marianne, a tradicional representação francesa da República.
Ainda nesse plano, são retratados chefes indígenas ostentando plumárias especiais, a indicar sua hierarquia, e militares de diferentes patentes. Já no segundo plano, e a caminho de um ponto de fuga, distinguem-se outros índios e militares na multidão que celebra o novo regime. Aqui, a figura do nativo ainda se sobrepõe à do negro na caracterização do “elemento nacional”, sobretudo no Pará, onde a importância da presença do negro só vai ser afirmada pela historiografia na segunda metade do século XX.
A figura de Marianne traz alusões tanto à Primeira República francesa, de 1789 – a fase mais aguerrida, simbolizada pelo barrete frígio –, quanto à Segunda República, de 1848, quando é suavizada para transmitir segurança, tranquilidade e força. Amaral visitou Paris em 1888, e tomou conhecimento das mudanças na caracterização de Marianne, daí mostrá-la com atributos da nova fase: sentada, vestida com túnica e manto, e