A importancia da visita religiosa
Nos anos anteriores à década de 60, pouco se pensava em terapias alternativas/complementares no tratamento de doentes hospitalizados, e essa preocupação era ainda menor especificando-se a terapia espiritual. Passada a época em que qualquer patologia, independente de sua origem ou seu quadro clínico, possuía como protagonista no sucesso de seu tratamento os medicamentos farmacológicos, algumas terapias complementares começam a obter espaço e importância no tratamento de pacientes em associação com as drogas medicamentosas ou, por algumas vezes, como forma isolada de tratamento.
Em se tratando da espiritualidade como um tipo de terapia alternativa, ainda há uma longa trajetória até se obter definições concretas, bem como suas relações com o estado de saúde de quem a pratica. Alguns autores já discutem, ainda que timidamente, evidências de um vínculo entre a saúde humana e a espiritualidade que, segundo Saad et al.(2001) e Volcan (2003) esta poderia ser definida como uma propensão humana a buscar significado para a vida por meio de conceitos que transcendem o tangível: um sentido de conexão com algo maior que si próprio, que pode ou não incluir uma participação religiosa formal. A terapia espiritual pode servir não apenas para o tratamento de doenças psicossomáticas, mas também como auxílio no tratamento de doenças fisiopatológicas. Wanda de Aguiar Orta – enfermeira doutora em enfermagem pela Universidade de São Paulo e filósofa do ano de 1970, criou a Teoria das Necessidades Humanas Básicas na qual defende como uma das necessidades básicas ao ser humano, a espiritualidade a ser cuidada pelo enfermeiro em sua assistência. Uma forma de levar apoio espiritual à pacientes hospitalizados que está sendo realizada, porém, ainda com pouca frequência por algumas organizações provedoras de apoio espiritual são as visitas religiosas. Visita religiosa a instituições hospitalares poderia ser definida em seu amplo