A importancia da literatura infantil
Uma língua viva, apesar da unidade que a torna comum a uma nação, apresenta variedades quanto à pronúncia, à gramática e ao vocabulário. Chama-se variação linguística a essa propriedade de diferenciação de uma língua em função do espaço geográfico, da sociedade, da situação e do tempo, dando origem a variantes e a variedades linguísticas. O princípio da unidade na diversidade e diversidade na unidade permite que a língua se mantenha homogénea, mas apresente traços distintivos designados por variedades geográficas (de região para região ou de lugar para lugar), sociais (de grupo social, profissional, de faixa etária...), situacionais (mais ou menos formal) e variação histórica (em função do contacto com outras línguas). VARIAÇÃO
Variedades geográficas (ou variedades diatópicas)
São as diferentes formas observadas numa mesma língua em espaços distintos. Dependendo da extensão do território e da sua história, estas variedades apresentam-se, frequentemente, como dialectos regionais. É o que sucede em Portugal, com os falares açoriano e madeirense, com os falares das Beiras e do Porto ou com os de Lisboa e do Algarve ou de outras regiões. Além destes exemplos de variedades geográficas do português, há que ter em conta as variedades que permitem distinguir o português europeu do português do Brasil, da África ou da Ásia.
Variedades do Português
As variedades do português surgem por variação e mudança linguística como resultado do contacto histórico da população de língua materna portuguesa com falantes de outras línguas ao longo do processo da expansão e colonização. Depois da independência no século XII e da Reconquista (terminada no século XIII), a língua portuguesa, acompanhando comerciantes, navegadores e colonizadores portugueses, a partir do século XV, tornou-se língua do Império. Os diversos contactos (uma vezes amigáveis, mas em muitos casos forçados) com as línguas locais permitiram o surgimento de variedades do