A importancia da brincadeira na educação infantil
APRESENTAÇÃO:
A minha paixão pela Educação Infantil começou em 1981, quando fui “obrigada” pelos meus pais a estudar numa escola católica, só para meninas. Era semi-interna (no turno da manhã estudava as matérias do currículo do antigo Científico e no turno da tarde o que me restava eram as matérias do antigo Curso Normal). Até então, minha relação com criança era apenas numa convivência normal, obrigatória (filhos de amigas da minha mãe, de vizinhas, de parentes, etc...). Não gostava de manter uma vinculação muito íntima com elas, achava que todas as crianças eram chatas. Mas a partir do momento que as aulas do turno da tarde, do Colégio Santos Anjos, foram ministradas pelas professoras, fui conhecendo melhor o universo das crianças e com isso, meu olhar para elas se transformou. Duas professoras em destaque foram as responsáveis por essa mudança: Tia Sônia, que com seu violão nos encantava com historias e músicas infantis. Suas aulas de teatro eram disputadas para saber que personagem cada uma de nós iria interpretar e apresentar para os alunos da turma do Primário. As peças teatrais selecionadas por Tia Sônia eram nada mais nada menos do que: Pluft, o Fantasminha; O Cavalinho Azul; O Rapto das Cebolinhas; A Bruxinha que era Boa; A Revolta dos Brinquedos, entre outras. Vivenciar o mundo do faz de conta de Maria Clara Machado foi prazeroso. E a outra professora, Eleonora, nas suas aulas de psicologia infantil me permitiu um ter acesso a um conhecimento geral e satisfatório de como é uma criança. Melanie Klein, Freinet, Wallon, Fröebel, Piaget, Montessori, foram só alguns dos teóricos estudados. Fiquei nesse caso curiosa em conhecer esse ser humano que até então era desprezado por mim. O que fiz? Comecei a “fugir”, nas aulas de estágio, para o prédio em anexo, do Jardim de Infância (como era chamada a Educação Infantil naquela época). E realmente percebi o encantamento que é a