A IMPORT NCIA DA ANTROPOLOGIA FORENSE PARA CIENCIAS FORENSES
A identificação humana nos tempos ancestrais, era feita através do reconhecimento de objetos pessoais como jóias, roupas, presença de marcas e cicatrizes pelo corpo, e tudo que viesse a identificar um certo indivíduo. Isso gerava muitas dúvidas no decorrer do processo criminal, pois o corpo humano sofre transformações após a morte (post-mortem). Os métodos de identificação por reconhecimento não ofereciam segurança e certeza no processo de identificação, além de que os seres humanos possuem uma grande semelhança entre si, dificultando ainda mais o reconhecimento (DELWING, 2013).
A identificação humana post-mortem é um processo essencial nas grandes áreas de estudo e pesquisa da Antropologia Forense e Odontologia Forense, pois ambas tem como principal material de análise o corpo humano, podendo este, apresenta-se em vários estágios: espostejados, macerados, carbonizados, esquartejados, putrefeitos, esqueletizados etc, sendo assim, mantendo sempre o mesmo objetivo, ou seja, a identificação humana (OLIVEIRA et al., 1998).
Para Ciências Forenses, a identificação pessoal é de grande importância tanto por razões judiciais, quanto por razões sócio-humanitárias, sendo realizadas as análises antes mesmo de saber a causa da morte do indivíduo (CARVALHO, 2009).
Na atualidade, a identificação humana é fundamental para descoberta de indivíduos em uma determinada cena de crime. Para isso, o processo de identificação humana procura determinar características individuais próprias pertencentes a uma única pessoa. Esse processo pode ser realizado no vivo, no cadáver e no esqueleto (CATTANEO et al.,2010).
Para considerar-se um método de identificação confiável, ele precisa apresentar alguns requisitos biológicos como:
UNICIDADE: características que tornam o indivíduo diferente do outro;
IMUTABILIDADE: características que não modificam no decorrer da vida, não sofrem transformações com ações endógenas e exógenas;