A imigração Italiana e Alemã em Santa Catarina

A imigração Italiana e Alemã em Santa Catarina

A Política Colonizadora na Segunda Metade do Século XIX
Silvio Coelho dos Santos diz que o Brasil iniciou, logo após a Independência, um programa para colonizar as áreas do interior consideradas desabitadas. Para tanto, aproveitavam-se os exemplos que ocorriam em outros países, em especial nos Estados Unidos, onde os governos estavam incentivando a imigração. A década de 50 do século XIX caracterizou-se por grandes transformações na política colonizadora do Brasil Imperial. A partir dessa época, a colonização esteve melhor estruturada. O grande triunfo da política renovadora foi consubstanciado na lei n. 601, de setembro de 1850 conhecida como a Lei de Terras. Esta lei instiguiu a doação de terras publicas, quem quisesse se tornar proprietário de um lote de terra deveria comprá-lo junto ao governo. A medida dificultou o acesso dos pobres à terra e acabou favorecendo os latifundiários. Essa lei também dispunha sobre as terras devolutas do Império, determinando a medição, demarcação e a utilização para colonização. Especificava também sobre a reserva de terras para os indígenas, a fundação de povoações, a aquisição de terras por estrangeiros e o ingresso de imigrantes europeus às custas do governo imperial. A política imigratória oscilava, portanto, entre o aproveitamento do estrangeiro como mão de obra na fazenda de café, ou como pequeno proprietário no núcleo colonial. A imigração foi tema de importantes debates políticos no Brasil do século XIX e no inicio do século XX. O estimulo à chegada de grandes contingentes europeus fazia parte do desejo das elites em promover o “branqueamento” da população brasileira. Neste sentido, cabe destacar que a maior parte dos imigrantes era de origem alemã e italiana. No Brasil, a decisão de estimular a imigração européia se deu especialmente devido à necessidade de mão de obra para as fazendas de café. Mas foi no Sul do país, onde os governos das províncias se interessaram