A imagem
O texto A imagem de Octavio paz apresenta ao leitor uma abordagem sobre a imagem em relação à poesia.
Segundo Paz, a imagem possui diversas significações, podendo ser real ou irreal, que evocamos ou produzimos com a imaginação. São produtos imaginários.
Através da palavra imagem designamos toda forma verbal, frase ou conjunto de frases que o poeta diz e que unidas compõem um poema.
Todas essas formas verbais têm em comum a preservação da pluralidade de significados da palavra sem quebrar a unidade sintática da frase ou do conjunto de frases. Cada imagem contém muitos significados desiguais, aos quais abrange ou reconcilia sem suprimi-los. Trabalhando assim a idéia da contradição.
Pois se eu trabalho contra os fundamentos do meu “pensar” eu exalto essa idéia dos contrários, logo, a “verdade” não é a realidade poética da imagem. Pois o poema, para Otavio não diz o que é, mas sim o que poderia ser.
O princípio da contradição complementária absolve algumas imagens, mas não todas.
A) Principio da Identidade: A=A
B) Principio da Contradição: A=5 logo A não é = 4
C) Excluídos: A=5 (V) A=4 (F) A=4 (excluído)
Toda imagem para Otavio, aproxima ou conjuga realidades opostas, indiferentes ou distanciadas entre si. Graças a uma mesma redução racional, indivíduos e objetos convertem-se em unidades homogêneas sendo que os elementos da imagem não perdem seu caráter concreto e singular.
A imagem recria o ser.
Alguns poetas se interessam nas investigações de S. Lupasco, que desenvolveu uma série de proposições fundadas no que ele mesmo chamou de princípio da contradição complementária. Cada termo pode atualizar-se em seu contrário, de que depende em razão direta e contraditória.
O poema não só proclama a coexistência dinâmica e necessária de seus contrários como a sua final identidade.
Pensar é respirar porque pensamentos e vida não são universos separados e sim vasos comunicantes: isto é aquilo. A identidade última entre o