“A imagem mutante do ser humano de copérnico à freud” resenha

O pai da psicanálise, como é chamado Sigmund Freud se dispôs a mostrar que o corpo, na histeria, em suas paralisias e manifestações, se comportava como se a anatomia não existisse ou como se não tivesse nenhum conhecimento dela. Freud começou a elaborar os mecanismos do inconsciente a partir dos sintomas, dos sonhos, da psicopatologia da vida cotidiana. Os resultados que ele obteve com sua técnica, logo no início, o levaram a sentir que havia encontrado algo novo, fazendo com que experimentasse, em relação à psicanálise, algo da ordem de um entusiasmo. No entanto, muito cedo, Freud se deparou com a repetição que o levará a teorizar sobre a pulsão de morte e o mal-estar na civilização. Em seu texto já se encontra um Freud bem menos otimista a respeito da técnica da psicanálise. Sabe-se o quanto o corpo, na contemporaneidade, ocupa um lugar crucial em vários discursos e campos do saber, gerando polêmicas e levantando questões a serem abordados sob múltiplos aspectos. E também no que diz respeito à psicanálise, estas questões sobre o corpo deverão ser trabalhadas a partir da teoria e conforme a ética da psicanálise. Apoiado na ideia de que o corpo é uma questão que se introduz na psicanálise pelo sintoma. Logo de início, Freud se deparou com um sintoma que perturbava as funções do corpo quer se tratasse do sintoma ou dos pensamentos. Atrás do sintoma, Freud buscou decifrar as pulsões recalcadas. Em relação às pulsões, são efeito da linguagem, isto é, elas não são da ordem do instinto tal como se postula sobre o instinto no mundo animal. O corpo não é um corpo animal. Ele é um organismo desnaturado. Poderia se dizer que o falante é um mutante na escala animal.
Esta ideia de que o falante é um mutante na escala animal favorece pensar que o homem seria a jóia da criação. Freud, se deu conta de que a psicanálise deveria rebater esta posição e ele o faz quando se refere às três feridas narcísicas sofridas pelo homem: a primeira, com