Pré - história da psicanálise
A loucura experimental
“Sei que não sou louco e sei quem é louco, mas não sei o que é loucura” (pág.30).
Moreau de Tours aplica o haxixe em si próprio com o objetivo de produzir os mesmos sintomas da loucura e poder retornar ao estado normal, adquirindo um saber direto da loucura.
Fica criado um espaço comum ao normal e ao patológico, a loucura nem sequer precisa ser produzido artificialmente, está em nós mesmos cada vez que sonhamos.
“O sonho reproduz as mesmas características da loucura o sonho é a loucura do indivíduo adormecido enquanto os loucos são sonhadores acordados” (pág. 30).
Hipnose
Precedida pelo mesmerismo, este é abandonado a partir da metade do século XIX, impõe-se uma nova técnica inventada por James Braid, à hipnose (conhecida como Braidismo), ela não faz apelo a nenhum fluido magnético ou a um poder especial do hipnotizador; o efeito depende apenas do estado físico e psíquico do paciente. No efeito hipnótico, o poder é depositado no médico que dispõe do corpo do paciente permitindo tanto a eliminação de sintomas como a domesticação do comportamento.
Charcot e a histeria.
Para a psiquiatria do século XIX, há dois grandes grupos de doenças:
1. Aquelas com sintomatologia regular e que remetiam as lesões orgânicas identificáveis pela anatomia patológica.
2. As neuroses que eram perturbações sem lesão e nas quais a sintomatologia não apresentava a regularidade desejada.
Charcot, como neurologista e professor de anatomia e patologia da faculdade de medicina de Paris, inicialmente trabalhou a histeria ligado a um correlato orgânico, posteriormente ele modifica seu ponto de vista, aceitando a ausência de um referencial anatômico.
Charcot introduz a histeria no campo das perturbações fisiológicas do sistema nervoso, usa como intervenção clínica a hipnose.
No inverno de 1885 - Freud vai às Paris e assiste ao curso de Charcot e adere entusiasticamente ao modelo fisiológico.
Porém um problema