A imagem científica introdção
Bass C. Van Fraassen
INTRODUÇÃO
A oposição entre realismo e empirismo é antiga e pode ser apresentada com ilustrações ao longo da história da filosofia. Assim, várias correntes de pensamento (ou posições filosóficas) tentaram explicar fenômenos filosóficos, mas todas elas esbarravam em limitações onde as teorias desenvolvidas não conseguiam explicar em totalidade as situações que se apresentavam ao fenômeno estudado. Fossem os da tradição aristotélica, fossem os participantes da ciência moderna, realistas, nominalistas, empiristas, positivistas. Ressalta o autor: “Hoje, contudo, ninguém pode aderir a qualquer uma dessas posições filosóficas de forma mais ampla. [...] Assim, esqueçamos esses rótulos que nunca fazem mais que impor uma ordem momentânea na areia movediça da fatalidade filosófica [...]” (Pág.18).
E hoje a pergunta a ser respondida, pelos aspirantes a empiristas, é: “Que tipo de explicação filosófica é possível para o objetivo e a estrutura da ciência?”.
Os estudos em filosofia da ciência se dividem em dois tipos, havendo entre estes profundos desacordos filosóficos a respeito da estrutura geral das teorias científicas e de uma caracterização geral de seu conteúdo. São eles: O fundacional, diz respeito ao conteúdo e á estrutura das teorias e o segundo que lida com as relações da teoria, com o mundo e com os usuários da teoria.
A ciência procura encontrar uma descrição verdadeira dos processos inobserváveis que explicam aqueles que são observáveis, e também do que são os estados de coisas possíveis, e não apenas do que é real. Do ponto de vista dos empiristas, para servirem aos objetivos da ciência, os postulados não precisam ser verdadeiros, a não ser no que dizem sobre o que é real e empiricamente atestável. Hoje o realismo científico se opõe a essa forma de empirismo. Mas para o autor, o empirismo é correto, mas não poderia sobreviver na forma linguística que os positivistas lhe deram (os empiristas acreditavam que as