A Igreja de Sant'Anna do sacramento de Chapada dos Guimarães
CAPÍTULO II
A CONSTRUÇÃO DA MATRIZ E O CRESCIMENTO POPULACIONAL
A população da Chapada cresceu muito os últimos trinta anos do século XVIII, pois se tem notícias de que em 1769, haviam apenas 465 moradores aldeados no Lugar de Guimarães que se acha desmantelado. Após esta data muito se construiu na dita paragem, instalaram-se muitos moradores, sobretudo após a construção da Igreja Matriz
Jorge Belfort Mattos Júnior.
Em janeiro de 1776, chega à vila do Cuiabá o recém nomeado 3º Juiz de Fora, o Dr. José Carlos Pereira, vindo pela cidade da Bahia1, no período em que a província era comandada pelo 5º Capitão General, Luis de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.
A partir dos diversos registros que retratam os Juízes de Fora que estiveram na Província de Mato Grosso, o Dr. José Carlos Pereira é bastante destacado, principalmente por que foi este que empreendeu a construção da Matriz de Chapada dos Guimarães, a Igreja de Sant’ Ana do Sacramento, e também da Igreja de São Gonçalo, inaugurada em Cuiabá no ano de 1781.2 O Dr. José Carlos Pereira, em novembro de 1778, chega à Chapada em uma diligência promovida pelo serviço Real, com o intuito de se verificar os povoados da região mato-grossense (nesse período, qual a intenção da coroa com essa monittoria? Obviamente que ver o quanto de poder estava exercendo sobre essa região, além de assegurar o domínio apenas com a presença da diligência), e depara-se com a capelinha construída por Estevão de Castro no Povoado de Sant’ Ana, chamando-a de “palhoça”:
... na verdade indecentissima em que se celebravão o Santo Sacrifício do altar, e mais Divinos officios, e o mais hé, que servia de Matris, por ser a dita Missam Freguesia separada com muitos aplicados de