A IDENTIFICA O DE UMA MARCA SEGUNDO MITOS E ARQU TIPOS
A Identificação de Uma Marca Segundo Mitos e Arquétipos
Henrique Martinez Del Tedesco
São Paulo - SP
2015
Afim de conseguirmos identificar uma marca segundo preceitos gerais de mitos e arquétipos, devemos primeiramente ‘tentar’ definir o significado de cada um desses conceitos, para então realizar qualquer tipo de paralelo.
Segundo Eliade (1972), “o mito é uma realidade cultural extremamente complexa, que pode ser abordada e interpretada através de perspectivas múltiplas e complementares”, onde vemos uma possível definição exata do conceito como algo turvo e mutante, que depende de contextualizações históricas, culturais, sociais e econômicas, transferidas e adaptadas ao longo dos tempos como forma de ensinamento e representação do indivíduo na sociedade, portanto algo de extrema valia e funcionalidade para as estruturas sociais antigas e modernas.
Ao pensar nas funções do mito atuante nas sociedades modernas, concorda-se com Campbell (1991) ao se dizer que, na história da humanidade, pode-se discernir quatro funções essenciais da mitologia: a) a primeira e mais reconhecida é a de suscitar e apoiar o sentimento de temor diante do mistério do ser; b) a segunda função é criar a cosmologia, uma imagem do universo que irá suportar e ser suportada por esse sentimento de temor diante do mistério de uma presença e a presença de um mistério; c) a terceira se vale para apoiar a ordem social atual, integrando o indivíduo de forma orgânica dentro do grupo pertencente, e por último mas não menos importante para nós nesse momento, d) a quarta função é a de iniciar o indivíduo nas suas próprias realidades psíquicas, guiando-o para um enriquecimento espiritual e de realização.
É nessa última função apresentada por Campbell (1991) que podemos fazer um paralelo com o trabalho de Jung (2000), que teoriza o mito e o arquétipo relacionados ao inconsciente como representações culturalmente elaboradas na profunda