A Identidade Como Valor Resenha
Aluno: Nil Oliveira (UC06061852)
“A identidade como valor” - Resenha
O autor faz um aparato de momentos em que o racismo era explicito no Brasil. Cita Monteiro Lobato, hoje considerado um dos principais escritores de estilo infantil no Brasil, mas que promoveu muito o pensamento preconceituoso inclusive em seu texto mais famoso, o Sítio do Pica Pau Amarelo; quando Emília, uma boneca muito abusada dizia que não escutaria as historias de Dona Benta pois era história de preta burra.
Também são enumerados diversas publicidades e cartazes que denegriam a imagem do negro no Brasil na década de 80 por sempre ligar a sua imagem a marginalidade e a pobreza sem considerar que o negro é marginalizado pela condição social que lhe foi dada após a abolição da escravatura em 1988.
A condição social do negro no Brasil melhorou nas ultimas décadas com as conquistas feitas pela sua militância no tocante a leis que garantem a criminalização do racismo, o espaço na universidade e mais recentemente, nos concursos públicos. Esse tipo de ação é fundamental para a inclusão social e intelectual do negro. Mas ainda não chegamos a metade do caminho. Um país com mais da metade de sua população ser negra ou parda, com a sua maioria marginalizada, ainda precisa elevar os parâmetros de educação e informação da população quanto a identidade do brasileiro.
Um ponto levantado e de extrema importância, além dos mecanismos discrimatórios usados, é a internalização do preconceito pelo próprio individuo negro. Pode-se tratar de processos inconscientes ou conscientes, em minha opinião, de autodesvalorização. O texto traz exemplos de como esse tipo de pensamento se promove; como por exemplo, a citação do texto de Sérgio Maurício (p.236) que demonstra a falta de representatividade do negro na televisão.
O autor ainda cita uma grande tentativa de encoberta da origem do pensamento egípcio, naturalmente africano, que europeus provenientes e grandes gozadores das