A ideia do livre comércio
Por Ailton Cardoso Júnior
Tradicionalmente o comércio é regulamentado através de tratados bilaterais entre nações... e quando começou essa ideia de regulamentação?
Durante os séculos XV ao XVIII – período conhecido como Mercantilismo, a maioria das nações mantinham altas tarifas e muitas restrições ao comércio internacional. O mundo já envolto numa atmosfera de Globalização necessitava cada vez mais de produtos novos, de nações estruturadas em padrões diferenciados, de estados sólidos, e principalmente, de uma estruturação de consumo de produtos que visassem à melhoria das condições e estados de vida da população mundial do período. De fato isso não acontecia na totalidade. Muitas vezes as nações e países eram escassos de uma produção estruturada para propor algo à negociação ou estava carente de regras para se negociar um produto com outro país comprador, ou ainda tinha matéria prima, mas não sabia como explorar. Foi aí que foi pensada a estruturação de regras para o surgimento de um comércio. Tais regras deveriam ser claras, objetivas, simplificadas e acima de tudo intencionais para esse comércio já existente de modo informal, desprovidos da segurança de acordos, o que deixavam margem para ilegalidades, explorações e até furtos.
No século XIX, especialmente no Reino Unido, a crença no livre comércio (circulação de produtos em países pertencentes a um polo de acordos diplomáticos) tornou-se um paradigma, pois viu-se que uns ganhavam mais, outros perdiam mais e a relação econômica ficava desigual, não sendo constituído completamente livre a negociação já que uns até criavam estratégias de proteção para evitar “perdas”, enquanto outros países para sobreviverem eram obrigados pelas circunstâncias a comercializar, mesmo sabendo que estava perdendo na negociata.. Conceitos à parte, este pensamento de “Comércio Livre” surgido no Mercantilismo tem dominado até então. Nos anos seguintes à segunda guerra mundial tratados multilaterais como