A humanidade nao e uma ilha

“A Humanidade não é uma ilha”

Após olhar para este título, recorda- me um trabalho que ouvi falar há uns tempos, sobre alguém que utilizou como instrumento de gravação, o seu telemóvel pessoal para fazer uma gravação. Penso que mais tarde este acabaria por ser vencedor, num festival de curtas-metragens.
Nesta filmagem, o autor aproveitou o seu telemóvel para captar momentos e situações de vida em duas cidades. Sidney e Nova Yorque, ao mesmo tempo que utiliza palavras retiradas de cartazes, anúncios, montras e tudo mais, os quais tinham mensagens do género, as nossas cidades contam histórias comoventes, mas reais, de como vivemos a própria cidade. Será que gostamos mesmo dela? Mas até que ponto? Amamos apenas Lugares mas passamos ao largo dos que mais necessitariam que os amássemos? Os nossos olhos não veem o que se passa a cada esquina. Não veem o mais importante que são as pessoas que sofrem, que nem se escondem porque não tem teto que os abrigue. Nem reparamos nos seus olhos que nos poderiam dizer tanta coisa. E de facto, alguns desses olhos falam. Bastaria olhar. Passeamos numa cidade onde voam corações em balão, mas não vamos ao encontro dos corações dos que sofrem as vezes mesmo em silêncio.
Na minha opinião, penso que esta realidade, para além de nova Yorque e Sydney, é uma realidade visível em algumas outras, que conhecemos, passeamos, ou que são notícia diariamente na Televisão, jornais, entre muitos outros meios de comunicação.
Hoje em dia a pergunta que se coloca, é, por quanto mais tempo é que se irão observar, não apenas nas cidades, mas no mundo? Do meu ponto de vista, algumas das possíveis soluções, passam por aprendermos a ser mais humanos, no verdadeiro sentido da palavra.
Penso que este trabalho, para além a sua originalidade, faz uma analogia, bastante consciente, daquela que cada vez mais, é a realidade de muitas pessoas, na sociedade contemporânea.