A HISTÓRIA PENSADA, TEORIA E MÉTODO NA HISTORIOGRAFIA EUROPEIA NO SÉCULO XIX THEODOR MOMMSEN (1817-1903).

Nascido em Garding, ao norte da Alemanha, foi o filho primogênito de um vigário luterano, em uma família pouco abastada. Contudo, tanto para Mommsen, quanto para seus três irmãos, a fé do pai não superou os hábitos esclarecidos dos filhos que se afastaram da religião. (MARTINS; 102)
As dificuldades econômicas fizeram com que Theodor Mommsen se apegasse ao que o autor chama de “uma formação cultural mais elevada” (MARTINS; 102) e com esse foco ingressou no curso de Direito da Universidade de Kiel. A faculdade além de abrir portas para o serviço público lhe apresentou os estudos da Antiguidade, e Mommsen toma tal gosto que se especializa em Direito Romano e permanece, depois de formado, dentro da academia lecionando disciplinas como: - História do Direito Romano e História de Roma, ganhando cátedras na Academia Prussiana de Ciências, em Berlim, e na Universidade Friedrich-Wilhelm de Berlim. (MARTINS; 103)
Pesquisador extraordinário, professor engajado com a política e a ciência, atropela adversários políticos e acadêmicos com ásperas polêmicas. (MARTINS; 104). Perdeu sua primeira cátedra, opôs-se a Bismarck, pedia por uma aliança anglo-alemã. Criticava uma Alemanha unificada que deixava de lado os ideais liberais de liberdade, causando-lhe tamanha decepção.
Foi casado e teve 16 filhos. Alguns de seus netos e bisnetos tornaram-se historiadores da Alemanha contemporânea.
Mommsen reconstrói o perfil do político e general romano Júlio César, o que lhe dá o impulso para a fama. Sua obra História de Roma, por mais escândalos que tenha levantado, obra publicada antes dos seus 40 anos, teve diversas edições e foi traduzida para as mais variadas línguas, chegando ao ponto de Mommsen ganhar o Prêmio Nobel de Literatura de 1902. (MARTINS; 105)
A obra supracitada de Mommsen tem foco na política romana, elevando fatores jurídicos, econômicos e culturais, e questões sobre religião, arte, agricultura e educação. O eixo principal está na crise da República tardia, onde