A História do Pop
A ausência de fósseis de partes duras de organismos e a escassez de dados paleomagnéticos fiáveis torna difícil a produção de mapas paleogeográficos do Pré-Câmbrico. Com os dados existentes, a reconstituição paleogeográfica mais antiga que se consegue efectuar é a referente há 650 milhões de anos.
Todavia, o Pré-Câmbrico tardio é muito interessante pois que os continentes estavam a colidir conduzindo à formação de um supercontinente, e porque a Terra estava sujeita a grandes glaciações.
Há cerca de 1 100 milhões de anos os continentes estavam agrupados num único supercontinente, a Rodínia, cujas dimensões exactas e configuração não são bem conhecidas. Aparentemente, a parte central deste continente era constituída pela América do Norte, cuja costa oriental se ligava à da parte ocidental da América do Sul. A parte oeste da América do Norte estava conectada com a Austrália e com a Antárctica.
Há aproximadamente 750 milhões de anos a Rodínia, que era rodeada por um oceano mundia, a Pantalassa, separou-se em duas partes, abrindo o Oceano Pantalássico. Nesta movimentação a América do Norte rodou para Sul em direcção ao Pólo Sul completamente coberto de gelos. A parte norte da Rodínia (que agrupava os terrenos antigos da Antárctica, da Austrália, da Índia, da Arábia e os fragmentos continentais que hoje constituem a China), rodou no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio em direcção ao Pólo Norte.
Entre as duas partes da Rodínia ficou um terceiro continente, menor, o cratão do Congo, correspondente a grande parte da África Central setentrional.
No final do Pré-Câmbrico, há cerca de 550 milhões de anos, os três continentes colidiram, formando o supercontinente Panócia. Esta colisão está geologicamente expressa pela orogenia pan-africana.
O clima global no Pré-Câmbrico era frio, existindo evidências de glaciações em quase todos os continentes. Apesar de existirem várias hipóteses (algumas delas exteremamente fantasiosas)