Confúcio ou Kung-Fu-Tze (mestre kong) foi um filósofo moralista e teórico político que viveu entre 551 a.C. e 479 a.C., sendo responsável pela criação de uma doutrina: o confucionismo, ainda hoje bastante influente em boa parte da Ásia oriental. Seu sistema de governo, criado a partir de uma visão nostálgica das virtudes humanas, busca o bem-estar geral. Assim, para ele, os critérios para uma vida social harmoniosa estavam ligados ao altruísmo, sabedoria, cortesia, integridade, fidelidade e justiça. Agora, saiba qual a real influência de Confúcio por meio de algumas perguntas feitas ao membro do Conselho Diretor do instituto Confúcio da Unesp a, professor de Filosofia da Ciência na Faculdade de Filosofia e Ciência da Unesp, campus de Marília, e editor executivo da Editora Unesp, Jézio Gutierre. Conhecimento Prático Filosofia - Quais eram os ideais de Confúcio? Jézio Gutierre - Jen é o conceito básico da Filosofia confuciana: o modo de vida ideal que todo indivíduo e todo Estado deve assumir e propagar. Virtudes cardeais como sinceridade, justiça e a prática do bem, fariam parte do Jen e, em última instância, seriam as fontes para a supressão daquilo que tão dolorosamente era percebido por Confúcio e seus contemporâneos: as guerras e injustiças características do período caótico em que viveram. Todos os princípios constantes de seus escritos, em particular sua obra máxima "Os Analetos", podem ser encarados como regras de harmonização social. CP Filosofia - Por que Confúcio pregava o bem e o aperfeiçoamento do homem? O que alegava? JG - Vários comentadores entendem o confucionismo como um humanismo, uma doutrina voltada à preservação do homem e daquilo que lhe é mais característico. Quando afirma a regra áurea: "Nunca imponha aos outros o que não escolheria para si mesmo" - regra obviamente antecipadora do preceito cristão (Mateus 7:12) e presente em um grande número de doutrinas éticas e religiosas -, Confúcio pretende preservar a excelência e direitos do homem