A História da Radioproteção
A radioatividade e as radiações ionizantes não são percebidas naturalmente pelos órgãos dos sentidos do ser humano, diferindo-se da luz e do calor. Talvez seja por isso que a humanidade não conhecia sua existência e nem seu poder de dano até os últimos anos do século XIX, embora fizessem parte do meio ambiente.
No mesmo ano da descoberta dos raios X, em 1896, Antoine Henri Becquerel anunciou que um sal de urânio com que ele fazia seus experimentos, emitia radiações espontaneamente. Mais tarde, mostrou que essas radiações apresentavam características semelhantes as dos raios X, isto é, atravessavam materiais opacos, causavam fluorescência e impressionavam chapas fotográficas.
Em 1939 já se sabia que o átomo podia ser rompido e que uma grande quantidade de energia era liberada na ruptura, ou seja, na fissão do átomo. Essa energia foi designada como "energia atômica" e mais tarde como "energia nuclear". Esses conhecimentos científicos possibilitaram a construção de reatores nucleares e explosivos nucleares.
Lamentavelmente, ao final dos anos 30 e início dos anos 40, em vista da situação mundial, muitos países estavam envolvidos na 2ª Guerra Mundial. A busca da hegemonia nuclear levou à construção da bomba atômica.
Em 1945, a humanidade tomou conhecimento do poder destruidor das bombas atômicas lançadas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. O efeito das bombas não se restringiu à explosão propriamente dita e ao calor gerado por ela, mas também muitas pessoas atingidas morreram posteriormente pelos efeitos causados pelas radiações ionizantes.
Com o término da 2ª Guerra Mundial, houve uma preocupação em se aplicar a energia proveniente do núcleo do átomo em benefício da humanidade. As alternativas eram a construção de usinas elétricas e a aplicação de materiais radioativos para melhorar as condições de vida da população, principalmente, na área da saúde.
Atualmente, nos anos que prenunciam o século XXI, a