A história da mulher na humanidade

TEORIZANDO SOBRE O TEMA

A HISTÓRIA DA MULHER NA HUMANIDADE

A sociedade atual tem exigido bastante dos indivíduos, principalmente das mulheres, quanto a sua forma física, pois ela cada vez mais tem se tornado escrava do que Kell (2002) chama de indústria da saúde e com isso lá se vão todo o tempo livre, os prazeres e as sobras econômicas. Conforme Lipovetsky (2000), as imagens mostram e as expectativas confirmam que a beleza não tem o mesmo valor para o masculino e o feminino, o que pode ser percebido nos cartazes publicitários e nas capas de revista, na linguagem e nas canções, na moda e nas maquiagens, no olhar dos homens e nos desejos da mulher, assim como na própria historia da construção da feminilidade: a beleza da mulher é privilegiada a ponto de ser identificada como belo sexo. Mesmo quando a mulher, ainda, não era assim percebida, as sociedades elevavam a beleza feminina ao ponto mais alto, estabelecendo uma hierarquia estética dos gêneros. Na história da arte paleolítica existe certo número de representações e de signos femininos, embora em quantidade inferior às representações de animais. Observa-se que, no início dessa época, aparecem representações vulvárias, triângulos pubianos, signos ovais gravados sobre o calcário. Existem também as famosas estatuetas de mulheres nuas, as Vênus esteatopígicas de ventre e bacia enormes, de seios flácidos e hipertrofiados, de aspecto globular, de cabeça pequena não apresentando nenhuma indicação de traço. Diante dessas características essas produções artísticas foram consideradas símbolos de fecundidade. Com a arte do Neolítico, que tem início por volta de oito mil anos antes de Cristo no Oriente Próximo, há uma mudança importante, se sobre saindo às representações femininas e não mais as de animais, como anteriormente. Apesar de não serem muito diferentes da Vênus do Paleolítico, agora apresentam nádegas e seios volumosos, um sexo evidente, e um rosto pouco